A pediculose é uma doença parasitária, causada pelo Pediculus humanus var. capitis, vulgarmente chamado de piolho da cabeça. Atinge todas as classes sociais, afetando principalmente crianças em idade escolar e mulheres. É transmitida pelo contato direto interpessoal ou pelo uso de objetos como bonés, gorros, escovas de cabelo ou pentes.
Manifestações clínicas:
Apresenta como característica principal coceira intensa no couro cabeludo, principalmente na parte de trás da cabeça. No pescoço e a região superior do tronco, observa-se pequenos pontos avermelhados semelhantes a picadas de mosquitos. Quando ocorre a infecção secundária por bactérias, podem surgir gânglios no pescoço. Pode ser difícil encontrar os parasitas, mas é característica a presença das lêndeas, que são os ovos do parasita, depositados pelas fêmeas nos fios de cabelo. A lêndea é esbranquiçada e fica bem grudada nos fios de cabelo.
Tratamento:
Consiste na aplicação de medicamentos tópicos específicos (shampoos ou loções). Existe também um tratamento em comprimidos, cuja dose varia de acordo com o peso da pessoa acometida. Ambos os tratamentos devem ser repetidos após 7 dias. Em casos difíceis pode ser necessária a associação dos tratamentos oral e tópico.
Orientações:
Lavagem da cabeça e a utilização de pente fino são importantes para remover os piolhos e lêndeas, pois os medicamentos muitas vezes não eliminam as lêndeas, e estas darão origem a novos piolhos.
Para facilitar a remoção das lêndeas, usar uma mistura de vinagre e água em partes iguais e embeber os cabelos com esta solução por meia hora antes de passar o pente fino, ou remover as lêndeas, uma a uma, manualmente.
Em crianças que frequentemente aparecem com piolhos, recomenda-se manter os cabelos curtos ou presos e examinar a cabeça com frequência.
Orientar as crianças para não compartilhar objetos de uso pessoal como pentes, escovas de cabelo, bonés, gorros, arcos, etc.
Comunicar à escola quando a criança apresentar a doença para que verifiquem a cabeça das outras crianças, de modo que todos sejam tratados ao mesmo tempo e assim evitar a recontaminação.
Verificar se os membros da mesma família também não estão com a doença.